O meu espanto estava nos enormes colchões laranja que ridicularizavam as nossas crash’s, na realidade tratavam-se dos colchões usados para proteger os obstáculos na pista de ski, que juntamente com as paletes de madeira para nivelar o solo tornavam possível a escalada de quase todos os blocos.
Aquecimento feito é hora de partir para a acção e vasculhar o “caos”. A escolha recai num bloco recomendado ligeiramente extra-prumado, rapidamente nos organizamos num grupo de oito escaladores tentando decifrar os passos, o código sorri apenas a dois deles, o sol abrasador numa saída delicada e perigosa desencoraja os restantes.
Durante a tarde é anunciada uma competição num bloco surpresa que começa pontualmente às cinco da tarde, o bloco escolhido, à sombra evidentemente, é um pequeno tecto de movimentos de compressão e uma saída de “à-plats”, quem encadeasse com menos tentativas ganhava uma crash-pad. A maior parte dos participantes, entre os quais eu, viram a “crash” escorregar literalmente entre os dedos, devido às elevadas temperaturas, apenas um dos blocadores conseguiu, com muito custo, ultrapassar a saída e levar para casa a merecida “crash”. JA