No capítulo anterior: A mudança de chip num salão de tatoos clandestino deixa Sebastião KO.
Dor. Suores frios. Algo me queimava as costas. Mais dor. Não, definitivamente não sonhava. Acordei ainda na cadeira de barbeiro, dentro da cave bolorenta. Olhei em volta e lá estava o velho a um canto a fumar. Sentei-me e um espasmo fez-me encolher instintivamente.
“Vai precisar disto por uns tempos”, disse o velho secamente, atirando-me de seguida um tubo cheio de analgésicos.
Saí para o beco. Ao fechar-se a porta, o som dos sininhos quebrou o silêncio na noite escura. Entrara ali como operário fabril da linha montagem de tofu e saía agora com outro chip, este programável com um dispositivo especial, conforme as circunstâncias e situações. Ainda me encontrava sob o efeito da surpresa, nem sequer concebera que fosse possível este género de operação, nem nunca ouvira falar de tal. Eis uma vantagem de ter entrado no submundo. Nessa noite, seria um estivador do Porto de Leixões com licença para trabalhar no super porta-contentores da Tofu Brothers, o Argus. Amanhã, não sabia o que seria, a única certeza que tinha é que seria um clandestino para sempre, não havia retorno.
Tinha aproveitado a última semana para me despedir deste mundo, deste país sempre à beira do abismo e sempre a reinventar-se. Não teria saudades. Bom, havia a LG, mas isso era uma utopia maior que todo o comunismo deste mundo e do outro.
Entrei no terminal de Leixões pela antiga doca de pesca para não levantar suspeitas. Os pórticos não constituíram problemas devido ao meu novo chip. Tentava fazer um andar pesado e confiante, o que eu imaginava ser o andar de um estivador empedernido nascido e criado em Leixões. Pareceu resultar, provavelmente por não estar ninguém aquela hora por ali, ao fundo já se via o gigantesco Argus, o mega porta-contentores com pavilhão Madeirense ao serviço da Tofu Brothers, com destino às Repúblicas Populares do Norte da Europa.
Subi a bordo sem dificuldades. Um marinheiro, com cara de poucos amigos, reconheceu o meu chip com um dispositivo. Devia ser um infiltrado. Fez-me descer para as entranhas do navio, passando por estreitos corredores de metal, cada vez mais apertados. O barco a certa altura transformou-se num emaranhado de passagens estreitas, escadas, tubagens e cabos. Abriu uma porta, não sem dificuldade, e de dentro saiu uma nuvem quente. Tabaco misturado com urina, devia ser o ar condicionado. “Aqui está o camarote”, disse o marinheiro com um sorriso trocista, “Boa viagem.” E desapareceu no labirinto de metal.
Entrei, não conseguia ver nada na obscuridade. Tacteei, do meu lado esquerdo, aquilo que parecia ser um beliche, em frente pressentia alguém a fumar. Já mais habituado à escuridão, encontrei uma espécie de interruptor, liguei-o e uma luz amarelada acendeu-se por cima da porta. Era um camarote mais a fugir para cela, dois beliches, um de cada lado, e ao fundo um balde com uma tampa de madeira. À minha frente estava sentado, na cama de baixo, um velho chinês a fumar.
Apanhei um susto: “Foda-se!”, exclamei sem me conseguir conter.
Ele fitou-me interrogativamente.
“Você…não trabalha no Red October? Ou então não tem um irmão ou primo lá, que gosta de dizer provérbios?”
“Acha que todos os chineses são iguais, é isso que está a querer dizer?”
“Não, não … de todo, só que você é de facto muito, muito parecido, com uma pessoa que conheci hoje”, disse desconfiado.
“Aquele que pergunta, pode ser um tolo por cinco minutos…”
“Ok, ok…Já vi que é você”, interrompi.
“… aquele que deixa de perguntar, será um tolo para o resto da vida”, continuou com um sorriso.
“Estou a ver que vai ser uma longa viagem…”
Era a minha primeira viagem de barco e por isso passei as primeiras vinte e quatro horas praticamente deitado com um enjoo constante, só me atrevendo a levantar para ir ao balde. Ao segundo dia, consegui sentar-me pela primeira vez sem sentir o mundo a andar à roda. Sentia-me pessimamente. O meu amigo chinês estava sentado à minha frente a comer, ou melhor sorver, uma canja fumegante. Sugava avidamente os últimos restos de líquido e depois ficou a roer, fleumaticamente, uma espécie de osso sintético que encontra no fundo. Aquilo fez-me imediatamente correr para o balde.
“Merda!”, praguejei, tropeçando e quase enfiando a cara no fétido recipiente. Voltei ao meu lugar, lívido, devia parecer um fantasma, sentei-me, enfiei a cabeça entre os joelhos e só conseguia dizer: “Merda, merda.”
Um ruído à minha frente fez-me levantar a cabeça. O chinês estendia-me uma taça de chá: ”Beba isto.” Bebi sem hesitar e de facto passado algum tempo já me sentia um pouco melhor.
“Obrigado, você terá um nome, não?”
“Chamam-me Li, mas fui baptizado Arnaldo Li.”
Perante a minha perplexidade, acrescenta: “Nasci em Portugal, em Vila do Conde mais precisamente na cave de um bazar chinês.”
Foi assim que conheci Li. Como sempre, nada era aquilo que parecia ser. Nos quatro dias que durou aquela viagem aprendi mais sobre a História recente do que ao longo de toda a minha vida. O velho decrépito que estava à minha frente tinha sido uma figura de proa no movimento revolucionário dos anos trinta, que culminara na grande revolução de 2040. Nascera em 2013, o segundo de muitos anos de intervenção externa em Portugal, era o que se podia chamar um filho da crise. Correspondeu às expectativas dos que viam a nova geração como a única salvação para a construção de um futuro radioso. Transformou-se num proeminente intelectual comunista, mas fiel aos seus princípios não alinhou no que viria a seguir. Antes que o fizessem desaparecer, passara à clandestinidade. Seguiram-se anos de provações, fugas, fome e frio, até que foi acolhido no seio das BMV.
Na penumbra das entranhas do Argus perdera a noção do dia e da noite, dormia quando via o meu companheiro dormir, acordava geralmente com o seu primeiro cigarro, acendia um para mim e pedia-lhe que me falasse dos tempos antigos: “Li, como é que tudo começou verdadeiramente? O que nos foi ensinado, em minha opinião, não passam de patranhas acerca dos actos heróicos e luta titânica dos membros da Comissão contras os porcos capitalistas, uma história que nem para entreter crianças serve.”
“A origem do movimento esteve na grande massa de desempregados criada pela crise da divida soberana nos países da antiga União Europeia. A certo ponto da crise essa massa atingiu proporções inimagináveis de milhões e milhões de indivíduos politicamente neutros, isto é, não enquadrados em nenhuma força política, muitos nunca haviam votado sequer. Tinham em comum, para além da situação laboral, um desprezo absoluto pela própria política em si e uma indignação feroz provocado pelo estilo de vida perdido, ou como diziam os mais cínicos, pelo poder de compra perdido.”
Estava lançado, sorveu um pouco de chá e continuou: “Politicamente neutros constituíam um campo fértil onde semear uma nova ideologia, mas nada de novo surgia. Assim à falta de melhor o Marxismo estava ali à mão, como sempre e à semelhança do que já se passara na Grande Depressão do séc. XX, explicava o declínio do Capitalismo e prometia um mundo igualitário e justo, livre dos capitalistas de casino que através da alta finança levaram milhões ao desemprego e miséria e colocaram velhas nações soberanas de joelhos, uma ideia geral aliás bem vendida pela propaganda. A crise, essa, era dificilmente compreendida e assimilada nas suas origens pelo homem comum. Contra esse demónio inexplicável que se abatia sobre ele com fúria, erguia a sua indignação cega, num processo de acção-reação. O indivíduo atomizado só era capaz de uma dicotomia: indignação-devoção. Indignação contra o monstro difuso do capital, devoção para com o sistema marxista que se apresentava como solução salvadora.”
“Claro, uma ideia simples, com a dicotomia do Bem e do Mal claramente identificada num demónio e numa salvação aparente, uma fórmula de génio e recorrente.” Acendo um cigarro, e ofereci outro a Li.
“Absolutamente, mas o momento em que foi aplicada é que foi de génio, enfim…foi eficaz…”, acende o cigarro e continua: “Chegados a um beco sem saída histórico, toda essa gente era como um conjunto de moléculas individualizadas e desesperada, prontas a movimentar-se em qualquer direcção.”
“Mas essa direcção tardava em surgir, não?”
“Sim. O fim da história, o abismo, pressupunha um novo começo, mas ele nunca chegou, cada homem perdeu a esperança em si mesmo.”
“Uma vez li que cada homem foi criado para que houvesse um começo.”
“ Sim, sim… a Cidade de Deus… é de facto um livro admirável, mas continuo a acreditar que Deus não é chamado aos negócios dos Homens, aliás Ele próprio é uma criação do Homem e não o contrário. Nem precisamos Dele para chegarmos ao Paraíso e, ao contrário de Santo Agostinho, acredito que esse Paraíso é possível aqui na Terra. De qualquer forma, a única tábua de salvação que nos foi oferecida foi o Marxismo.”
“Isso foi como morrer de novo… para mim Santo Agostinho refere-se à capacidade de cada homem criar algo de novo a partir de si mesmo e assim regenerar-se pela criatividade, assumindo no processo a sua liberdade…enveredar pela torrente materialista foi um suicídio colectivo.”
“Pode haver razão nesse argumento, mas esse homem nunca surgiu e os que existiam estavam vazios e mais predispostas a caminhar em direcção ao abismo que a nascer de novo. Na altura foi como se acendesse uma luz ao fundo do túnel, as moléculas precipitaram-se numa longa marcha e luta suicida, nada mais interessava do que fugir da realidade instalada.”
“E essa luz…quem a acendeu foi a Comissão…”
“Exactamente, da qual eu fazia parte… infelizmente…”
“Mas o que despoletou mesmo a Revolução?”
“Existia a matéria-prima, faltava a faísca para a ignição do movimento. A descoberta de um relatório secreto com os planos de remilitarização da Alemanha, financiada através das mais-valias obtidas com os juros dos empréstimos aos países sobre-endividados do Sul, foi o suficiente para despertar o movimento e iniciar a Revolução simultaneamente em vários países do Sul, depois a guerra civil alastrou-se por toda a Eurásia, até à vitória final do movimento. Não interessava que esse relatório fosse falso e forjado pelo núcleo duro do que viria a ser a Comissão, uma mentira repetida milhões de vezes e de forma viral, rapidamente se transforma na verdade mais cristalina.”
“Esse relatório era falso? Não foi isso que nos ensinaram na escola?”, perguntei perplexo e incrédulo.
“Eu próprio ajudei a escrevê-lo”, disse Li a sorrir, “na altura a minha mente soltava chispas, não media as consequências daquilo que fazia.”
“Jogaram com o fantasma do nazismo, brilhante…”
“É sempre mais fácil acordar um fantasma que um vivo…”
“A rede naturalmente ajudou à disseminação do relatório.”
“Foi facílimo, uma questão de dias, uma infecção viral como se dizia na altura e o movimento revolucionário começou.”
“Engraçado que…por outro lado esse relatório lembra-me Os Protocolos dos Sábios de Sião.”
Li desatou a rir: “O princípio foi o mesmo, mas os efeitos… os efeitos foram muito mais devastadores…ou não… pensando bem foi uma inversão irónica dos papéis, mas o que interessou na altura foi a eficácia da mentira, o elemento certo na altura certa para desencadear a explosão.”
“Foi assim que nasceu o Governo da Comissão?”
“Mais ou menos. Das cinzas da guerra e da destruição nasceu um novo governo de inspiração Marxista, comum a todos os países da Eurásia: A Ditadura dos Indignados. Era suposto ser um governo de transição até ser implementado o Comunismo verdadeiro e a paz e a prosperidade justa reinarem finalmente na Terra.”
“Mas…ainda dura até hoje…a ditadura.”
“Sim, instalados no poder, o passo seguinte foi naturalmente educar o povo e a correcção dos degenerados, de modo a criarem o “homem novo” sem vícios, apto a viver em pleno as alegrias do Comunismo.
“Foi então que começaram as purgas. A grande purificação.”
“Inicialmente, a fúria foi dirigida naturalmente aos opositores do regime e às camadas sociais que ainda detinham alguns privilégios. Mas uma vez que a oposição se deixou de fazer sentir, passaram a actuar contra as divergências ideológicas que naturalmente surgiam no próprio movimento, até conseguirem criar uma só corrente e um pensamento único. A estratégia seguinte, que se estende até aos dias de hoje, constitui em isolar ainda mais os próprios indivíduos.”
“E aí ,mais uma vez, as redes sociais tiveram um papel fundamental.”
“Exacto, tal como no início, para desencadear o movimento, eram o instrumento perfeito, uma linha de manipulação gratuita com acesso privilegiado a cada cérebro. No auge da sua hegemonia, o antigo Facebook era como um Campo de Concentração das Ideias”
“Como?”
Li sorriu: “ Um local para onde as ideias eram mandadas para morrer.”
Sorri, perplexo… a mente daquele velho chinês brilhava na penumbra daquela cela, fazendo encaixar peça com peça no puzzle histórico: “Nunca percebi porque é que chamavam redes sociais ao antigo Facebook.”
“Era um eufemismo para disfarçar a sua hegemonia. A criatividade humana foi sendo destruída aos poucos. Digo criatividade como a capacidade de acrescentar algo de si mesmo ao mundo. Sem conteúdo apenas ficava na rede uma presença espectral, a ilusão participativa conseguia-se pela apropriação e não pela criação, a seguir vinha a replicação, milhões e milhões de vezes criando uma nuvem de lixo virtual, a vida transformara-se num nevoeiro infinito.”
“Mas essas redes que então existiam não eram supostamente para fazer amigos e promover a socialização.”
“A dependência pelo computador há muito que isolara o individuo, desumanizando-o, as redes sociais só acentuaram o caminho e levaram-no mais além. Rodear-se amigos virtuais apenas incrementava a solidão face aos outros homens, já não eram pessoas que estavam atrás de cada perfil mas sim produtos.”
“Nunquam minus solum esse quam cum solus esset.”
“Sabes Latim, Sebastião?”, perguntou visivelmente surpreendido.
“Tenho uma amiga que sabe…outro dia mandou-me essa frase…e desde então não me sai da cabeça.”
“Nunca ele esteve menos solitário do que quando estava a sós”, disse Li, quase para ele próprio, como que a pensar alto, “Cícero sabia bem do que falava…dois mil anos e nada muda, nada…apenas se agudizaram e aperfeiçoaram os instrumentos de tortura”
“Foi por essa altura que saltaste fora?”
“Não saltei fora, fui digamos assim, apagado da fotografia, o caminho do terror totalitário, não era o meu caminho…”
“Então acreditas mesmo que o Paraíso é possível na Terra.”
“Acredito nos Homens, apenas isso, acredito que é possível construir um mundo melhor…aqui na Terra, acredito que é sempre possível começar de novo, como disseste.”
“Porque é que a história se repete continuamente, Li?”
“Porque a natureza humana é una e imutável…”
Levantei-me para caminhar um pouco: “Achas mesmo que a Ditadura dos Indignados se vai transformar num sistema totalitário?”
“Não acho, tenho a certeza, existem planos para uma expansão militar para lá da Eurásia, para além de planos terríveis de edução e reeducação do indivíduo e claro a manipulação genética abusiva continua, em busca do Homem perfeito.”
“Que planos são esses?…”
“Por exemplo, o plano educacional avançado, que consiste basicamente em abolir a escolaridade obrigatória para a maioria da população, um plano a ser concretizado em duas ou três gerações. Primeiro acabam com a escolaridade, depois com as próprias escolas, segundo os especialistas em 50 anos a maioria da população será analfabeta.”
“Isso é terrível, terrível, é um retrocesso civilizacional.”
“Achas?”
“Como pensam eles manter o progresso tecnológico dessa forma?”
“É simples, pela segregação, haverá sempre um grupo ou extracto de indivíduos instruídos e apurados geneticamente para pensarem exclusivamente em termos matemáticos e lógicos, cérebros exclusivamente geométricos… serão a elite.”
“Essa ideia não é nova, acho que Jaques Barzun profetizou uma coisa parecida num dos seus livros, na altura fez-me sorrir, nunca imaginei que as coisas pudessem chegar a esse ponto.”
“Não sei onde se inspiraram e custa-me a crer que as luminárias da Comissão algumas vez tenham lido esse Barzun, mas imaginação para nos foder não lhes falta, e o caminho que têm seguido naturalmente os levou a essa solução”
“Como é que eles pensam impor isso…é a machadada final na liberdade individual, a seguir só a lobotomia generalizada.”
“Será fácil…”, Li sorria, enquanto acendia mais um cigarro. Soltou uma longa baforada e a sua cara assumiu uma expressão sombria quando continuou: “Não será imposto…não será imposto… e sim será uma lobotomia geral… mas consentida.”
“Como assim.”
“A liberdade não interessa minimamente a ninguém, a única coisa que interessa é…digamos assim…o prazer…o famoso estilo de vida ocidental centrado no consumo, que no nosso regime é garantido pelo capitalismo selvagem ao estilo chinês. Quanto à escola…já ninguém a quer frequentar e os professores, de resto, não conseguem ensinar. Por exemplo, ninguém lê, ler mesmo, nem sequer sente necessidade disso, pois a tecnologia é baseada na imagem e na oralidade. Da iliteracia ao analfabetismo é um simples passo, será indolor e ninguém dará por isso.”
Estava incrédulo com estas revelações que excediam a imaginação mais audaz, puxei também de um cigarro e fiquei um longo momento a matutar, mas o silêncio queimava como ácido, fazendo-me fervilhar a cabeça: ” Li, mas tu ajudastes a que as coisas chegassem a este ponto, porquê as Brigadas Marxistas, para quê lutar, para começar tudo de novo…”
“Eu estou velho e acabado, Sebastião… procuro apenas um espécie de redenção, para não ir deste mundo com o peso da sua destruição. Uma bala na cabeça se calhar teria sido o melhor caminho para mim… “, parecia, ao falar, ter cem anos, e cheguei a temer que sucumbisse ali à minha frente. “Mas a bala do destino nunca me encontrou, ou talvez a minha cobardia me desse artes de malabarista para dela fugir…não sei.”
Um silêncio pesado instalou-se. O navio parára por uma razão qualquer, deixando-nos à deriva nos nossos próprios pensamentos. Sentia-me como Jonas o profeta. Preso numas estranhas entranhas…
Na próxima semana será publicado a décima quarta parte: Álbion. Obrigado. SM
Ilustração: Vitor Baptista
Escalada 2084. XII Outubro Vermelho.
Escalada 2084. IX Eterno Repouso.
Escalada 2084. VIII Banho de Sangue.
Escalada 2084. VII Erros Meus.
Escalada 2084. VI Shit Happens.
Escalada 2084. V O Império do Eu.
Escalada 2084. III Le Plaisir.
Super!!
Tudo começa a encaixar-se. Cada vez melhor.
Então agora o gajo vai-se embora? tantos preliminares de côrte com a cantora, e agora nada? Estava a escrita a correr tão bem…
2084 o caraças! Decoto para 1884.
O que vai ser do escriba que não manda na sua própria pena? … Manietado pelas receitas do preceituário passado, lavrando sobre o futuro?
Ultimato: Se dentro de dois episódios os gajos não derem volta ao barco e volta às vogais do Fado, na fadista, perdem um leitor!!! AAAH (…)
Calma, há mar e mar…e o Fado está traçado…não prometo a troca de vogais, mas gostei do criptograma e de facto a acção, sem decotação, segue para 1884, será que foi premonição…obrigado pelo comentário e ultimato, os leitores serão tão escassos que não me poderei dar ao luxo de perder nenhum e assim temo ter de parar os motores do Argus e fazer marcha à ré, ou fazer escala numa ilha dos amores…