Cá vamos nós, de novo, cavalgar na polémica do momento.
Daniel Woods encadeou recentemente Desperanza, em Hueco Tanks e cotou V15. Este encadeamento gerou uma onda de choque, leia-se comentários, por aparentemente ser uma entrada de V7 para um V14 o que na opinião de muitos não dará V15. Seguir a discussão aqui ou muito melhor aqui .
O que está em causa não é saber se será V15 ou não, pois é ridículo discutir o grau de uma via que não se encadeou.
O que é interessante é discutir a “teoria do grau” subjacente a esta discussão. Os mais contestatários serão os adeptos da “matemática” dizendo que V7 + V14 é impossível dar V15, sugerindo-se exemplos de V14+V14 ser igual a V15 como no Story of Two Worlds, Cresciano, o que aparentemente é de facto uma grossa incongruência.
O debate chegou ao rubro com Dave Graham a tecer o seu comentário no B3 do qual destaco a incrível sentença: “I think this boulder being graded v15 could be devastating to the future of the v15 grade.” Daniel Woods talvez espantado com a polémica deixa o seu comentario no 8a, destacando-se o seguinte: “So in my mind the math makes no sense because yea if v12 to 14 is 15 then how can 7 to 14 be 15? Well many things play a role styles of climbing… different strengths and weaknesses type of terrain the list goes on. I do not base the difficulty of a climb based on how its graded in sections, I base it on the number of ascents it has seen and how long it takes to complete it.” Estes dois comentários pungentes descrevem por si só duas personalidades muito diferentes de dois dos melhores escaladores de bloco e com certeza duas das opiniões mais avalizadas nesta nebulosa e cinzenta matéria dos “graus do fim da tabela”.
Então, de um lado temos DG apoiado pela teoria da matemática fundada ou muito bem sistematizada aqui e que diz o seguinte resumidamente: a metade da soma das partes de um bloco acrescida do numero dois, será a cotação final desse bloco, desde que o modulo da diferença entre as partes seja sempre menor do que quatro. Um bonito teorema. E, quem à partida quiser atirar a horrível matemática para fora de jogo, é preciso ter sempre em mente que… ” O binómio de Newton é tão belo como a Vénus de Milo. O que há é pouca gente para dar por isso”…
Bom, vamos tentar aplicar a teoria num bloco bem conhecido de todos e muitas vezes encadeado: O bloco da Rosa Negra na Pedra do Urso. Assim, por exemplo o Rosa Negra pode bem ser dividido em duas partes: Um arranque meio deitado que vale bem V6 e uma segunda parte em presas médias/boas até uma difícil saída em àplates que rondará V6 também, aplicando a equação daria ((6+6)/2)+2=8 ou seja V8. E, esta? Parece que funciona. Vamos para a linha ao lado o Deixem Blocar o Zé Mantorras, um começo duro que isolado poderá ser algo como V8+ leva à saída do Rosa V6, aplicando mais uma vez a equação teríamos ((8,5+6)/2)+2=9,25 ou seja V9 duro. Olha! funcionou outra vez.
O autor ou promotor do teorema tem um artigo inteiro bem escrito e com muitos exemplos dizendo, no final, que assim poderemos tornar o debate dos graus um pouco mais objectivo e imparcial. Também é rebatido com muitos exemplos, quem quiser explorar mais o tema tem muito com que se entreter.
Do outro lado da barricada DW, diz que devemos contar outros factores, o numero de repetições, no qual é fundado o excelente sistema e escala dos B original do John Gill por exemplo, que foi o primeiro sistema de cotação de blocos e que por diversas razões não vingou. Outro factor seria quanto tempo de trabalho é necessário para encadear um bloco. E, eu acrescentaria, a comparação com problemas similares na área.
Entretanto Nalle Hukkataival junta-se à festa e escreve um excelente artigo. Onde, de alguma forma toma o partido do DG, não pelo lado da matemática, mas pelo lado da necessidade de parar coma a inflação do grau especialmente no fim da tabela. Numa peça muito bem fundamentada aponta vários exemplos de problemas que foram decotados, pondo o dedo na ferida ao apontar o 8a.nu e o seu sistema de pontos como um dos principais causadores da ego-ingflação. E, estabelece como prioridade a necessidade de estabelecer novos standards para o grau especialmente para o 8C/V15, emergindo outra vez o Story of Two Worlds do DG, escalado em 2005, como possível standard para o grau, tal como o afirmou na altura o próprio DG.
E o que era o debate em torno do Desperanza rapidamente se está a transformar no “Debate do Grau”, com mais uma vez o B3 a tomar a iniciativa e a tentar liderar o debate, tendo como ponto de partida a necessidade de estabelecer parâmetros e parar com a inflação ou tentar perceber a inflação potenciada pelo ego.
Uma coisa que salta imediatamente à vista é que a formula do John Gill, se aplicada, daria logo o bloco do DG como B3 ou o mais duro de todos porque nunca foi repetido. Interessante. Mas este sistema, presta-se muito pouco ao ego e não serve de nada para pseudo-rankings como os do 8a.nu. Parece deslocado e anacrónico, mas é simples eficaz e quase perfeito como sistema de graduação de blocos.
Podemos divertirmo-nos a aplicar a equação ou simplesmente tentar usa-la para perceber a graduação de um bloco mas no final deverá sempre prevalecer os factores enumerados por DW, e só quem penou dias a fio ou horas ou minutos às vezes para encadear um bloco poderá estimar com sinceridade o lugar que este ocupará na efémera e solúvel escala dos graus.
Um escalador carrega consigo forças e fraquezas, hiper-tecnicismo ou duas rodas nos pés, tendões de aço ou de manteiga, bíceps de pedra ou de farinha, veterana experiencia ou eterna adolescência, um ego gigantesco ou do tamanho de uma ervilha, raiva, generosidade, orgulho, preconceito…E, é desta amalgama que, geralmente, é debitado o grau. Nada para levar muito a sério, pois não?
Bem pensado e escrito dude! A matemática é linda sem dúvida e até é capaz de funcionar para todos os blocos. O problema na aplicação das fórmulas são as incógnitas subjectivas… como o escalador. Para ele o grau dos outros nunca será justo e só aceita o grau que ele próprio dá ao bloco. Agora se o grau universal tem importância? O problema é Deus ter feito os blocos e não os cotar, assim deixou uma torre de Babel para os loucos darem à língua. “óóóóóóóóóóóóó, o vento lá fora.”
Mais um poste bem escrito e bem documentado.
Eu voto na escala de B’s do Gill. É a mais honesta do ponto de vista da avaliação de uma zona, além disso não é estática no tempo, é também indício da evolução dos próprios escaladores dessa zona. Se partirmos do pressuposto que o grau serve para ajudar os repetidores a orientarem-se, essa escala é muito intuitiva para quem vai conhecer uma zona nova. Por outro lado, se o grau servir para apreendermos a nossa evolução, nada melhor que sentir que o bloco que estamos a fazer é antes de mais pouco repetido e não apenas de grau elevado. Como já aqui foi escrito, basta uma técnica menos comum, como as fissuras com entalamentos, para tornar o bloco pouco repetido. Não será esse um desafio maior do que escolher os blocos que nos estão mais ao jeito? Ainda assim, esta escala não me parece perfeita, pois exige uma dinâmica que não é muito comum entre a comunidade bloqueira, exige troca de informações regulares, gente para limpar, escalar e repetir blocos nas zonas abertas, enfim, se quisermos manter essa escala em ordem, tem de haver registos, tem de haver espírito de comunidade. E porque é que a NB não cria uma base de dados aberta, sem graus, das zonas que domina? Para irmos registando as repetições. Seria um bom ponto de partida para a conversão aos B’s.
«Se lhes dou esses detalhes sobre o asteróide B 612 e lhes confio o seu número, é por causa das pessoas grandes. As pessoas grandes adoram os números. Quando a gente lhes fala de um novo amigo, elas jamais se informam do essencial. Não perguntam nunca: “Qual é o som da sua voz? Quais os brinquedos que prefere? Será que coleciona borboletas?” Mas perguntam: “Qual é sua idade? Quantos irmãos ele tem? Quanto pesa?
Quanto ganha seu pai?” Somente então é que elas julgam conhecê-lo. Se dizemos às pessoas grandes: “Vi uma bela casa de tijolos cor-de-rosa, gerânios na janela, pombas no telhado…” elas não conseguem, de modo nenhum, fazer uma idéia da casa. É preciso dizer-lhes: “Vi uma casa de seiscentos contos”. Então elas exclamam: “Que beleza!”»
(Retirado do capítulo IV, do livro , “O Principezinho” de Antoine Saint Exupery)
Espero que isto vos deixe a reflectir. Quanto é que vocês pagaram pela vossa casa? Apliquem uma regra de 3 simples e assim já podem qualificar a beleza da vossa casa.
De certa forma o grau é muito relativo. Porque um passo que custe muito (ou pouco), a uma pessoa de 1,65m, a uma de 1.85m custa outra coisa. Sentado posso chegar a outras presas que essa pessoa de 1,65m não chega. Ou as vezes o começo é tão mitrado que alguém com pernas de rã não se consegue encaixar. Mas isso são outros assuntos, começos obrigatórios, etc. O grau é um jogo e que, neste caso, toda a gente gosta de jogar.
Acaba por se retirar da equação a beleza da linha e do movimento para a substituir pelo grau.
Jogadas de ego…
Bom post.
…só para dizer que o menino tem 1,85m, tss, tss,…
segundo a regra das proporções, perde en-verga-dura…
escalo por puro prazer pessoal,n vou dizer k n dou valor ao grau,dou! mas é terceário…a beleza do local e o conjunto de movimentos são,para mim, factores mais relevantes.n esquecendo as pessoas com quem se partilham esse momentos, bem como a festa, ou a padaria e mm o restaurante local ocupam,na minha sincera opinião, lugares de destaque.e estes aspectos n vem no grau,o k considero errado lol
de que serve encadear 1 projecto de 2anos se depois n tenho onde festejar??eheh
os verdadeiros génios são incompreendidos no seu “tempo” ( e exemplos disso na História n faltam).
portanto, penso k kando alguém de topo salta uma barreira deve ser prudente nas afirmações k faz,devendo apresentar a sua proposta e de seguida retirar-se para o seu canto e abraçar outros projectos esperando que o outros experimentem e opinem…
o tempo tratará de clarificar essas questões.
excelente artigo,em cima do acontecimento e mt bem redigido
Não há fórmula que resolva os nossos problemas! 🙂
Exemplo:
1ª metade do Bloco 1: uma tração no braço direito
2ª metade do Bloco 1: nova tracção no braço direito (mas com a ajuda da primeira falange do dedo mindinho)
1ª metade do Bloco 2: uma tração no braço direito
2ª metade do Bloco 2: uma tracção no braço esquerdo
Agora cotem cada uma das metades e somem as suas dificuldades e vão ver que o resultado não é coerente com a dificuldade do bloco como um todo.
(Experimentem agora dar razão ao Woods segundo esta lógica.)
Abraços
R.
Bom post a lançar o debate sobre um tema que mais se assemelha à discussão ”do sexo dos anjos”. A minha teoria sobre o assunto dos graus é a seguinte:
1- Quem faz o 1º encadeamento propõe um grau! É um grau subjectivo, com base na experiência própria e pouco interessa se está puxado para cima ou baixo.
2- O grau final resulta das médias dos repetidores, que será tanto mais fiel quantas mais repetições a linha tiver. Certamente não irá agradar a todos, principalmente aos extremos do intervalo, mas irá ser o valor ”matemático” mais fiel a dar!
O grau não é estático e inquestionável. O grau vai evoluindo e aferindo ao longo do tempo…
Hasta
@ MC. Obrigado pelo trabalho de introduzir esse excerto do “Principezinho”, mais oportuno é impossível..
@ Filipe. Deus não cotou os blocos de facto…mas os Semi-Deuses encarregam-se com brio dessa tarefa. E os metecos agitam-se em conformidade. Apesar do vento e da chuva que estão lá fora…
@ Topas. Muito bem. Em proporia um grau para a padaria sem duvida e confeitaria. Seria o PC e 3 seria o valor máximo. A Freita por exemplo tem o Cantinho da Farrapa onde o pão vale P3 mas o bolos são normais, aí C1, assim um bloco na Freita vale Vx P3C1 por exemplo. Já um bloco em Santo Tirso terá Vx P2C3. Bom, não consigo dar um exemplo P3C3… pegando na corda temos a Fenda P3C3 sem dúvida. Assim um 8a será P3C3 na Fenda enquanto em Poios será P1C0, infelizmente, alto, as natas da Bomba contam? talvez para as Buracas…P0C3…
@ CPDummy. Pela nossa tabela NB+, dá para aplicar a escala dos B’s…uma base de dados daria muito trabalho “digital”…
@ RicardoFB. A equação é mera diversão.
Mas o Grande Debate do Grau continua e num dos comments que correm por aí alguém diz algo parecido a isto: O debate parece agora estabelecer duas personagens ou dois arquétipos: o sand-bagger e o inflacionista. Ambos usam o grau para se sentirem bem, o sand-bager fazendo os outros sentirem-se mal, o inflacionista tenta valorizar-se inflacionando as suas realizações. É de rir e é brilhante.
O Nalle HuKKataival sugere também a primeira ideia original que está a sair disto, juntar as duas escalas, isto é, V/Font mais B´s, ficando, por exemplo, o famigerado Story of…V15 B3.
Ora, esta parece-me ser uma excelente ideia e vou dar já um exemplo prático: Pedra do Urso, Rosa Negra V8B1 e um pouco ao lado A Recompensa V8B3, qual será mais difícil?
Bom, mas isto talvez complique ainda mais a tarefa de estabelecer graus e só funciona bem em zonas onde escala muita gente e os blocos são tentados por muita gente também.
…essa cotação das PC’s é fabulosa e de facto imprescindível! Já estou a imaginar, portanto, o Rosa Negra V8B1P0C0. Ou o Custóias Health Club V8B3P2C3. He, he… assim sim, é cotar! E se introduzíssemos os valores ambientais e paisagísticos, por exemplo a escala dos A’s, teríamos o Pinheiro Manso a valer V8B1P0C0A3.
Bem, acho que se Newton fosse vivo já teria concerteza encontrado uma fórmula matemática para acabar com esta polémica.
Para mim existem 2 graus: V se fazes e o V se cais.
Mais uma vez, parabéns nortebouldering por se manter sempre actualizado e lançar estes posts nos momentos oportunos.
Abraço
Estive a equacionar algumas questões:
1. Como se define uma secção de um bloco. Quantos movimentos tem? A equação é aplicável a problemas como “The wheel of life” da mesma forma que se aplica a problemas de 8 movimentos como ?
2. Ainda que se tente anular a subjectividade da graduação através da aplicação de uma “fórmula” que se baseia na decomposição de um bloco em duas partes, a subjectividade da graduação das partes continua lá…
3. Pergunto-me, se para ter mais sentido, não deveria ser adicionada à equação um factor multiplicativo que representasse de alguma forma o factor perigosidade / altura total do bloco. Concretizando, a altura de um bloco o Pregador acresce mais ao seu grau ou não?
4. Apesar de achar piada à escala “V se fazes” do Gill, tenho de reconhecer que esta é ainda menos exacta (pois a maior ou menor frequência de encadeamentos depende de inúmeros factores exógenos à real dificuldade do bloco), menos propícia à evolução pessoal e menos fomentadora da competitividade (para aqueles que têm esse espírito).
Resumindo, a aplicação da equação não compromete; mas tal como outras coisas que não comprometem, também não convence… Quanto a mim um bloco deve ser graduado como um todo e de uma forma empírica.
Respostas:
1. a); 2. a); 3. c); 4. b).
“David Grama decota Daniel Madeiras sem ter sequer provado o bloco!!!
Esta aberto o conflito entre os dois escaladores Norte-Americanos, a BABUGEM consegue o exclusivo com Madeiras que afirma :”Só me fazes isso uma vez!”
O primeiro episódio aceso entre os dois escaladores, aconteceu dias depois de Daniel Madeiras ter encadeado “O Jogo” cotado como V16, Grama é apanhado nas escutas do caso “Grau protegido”, em conversa com Nando Husqvarna (nome apropriado tal a maneira como desbastam no Madeiras) e que a BABUGEM teve acesso:
17/02
Nando liga a David.
Após longos minutos em que Husqvarna faz um inquérito a Grama sobre os passos de “História de dois mundos”-V15 encadeado pelo próprio e faz lembrar a casa partida do Monopólio, só lá passando se pode comprar casas, neste caso só encadeando se pode cotar blocos de V15
…
NH:Já viste, não é que o Madeiras cotou um bloco de V16, como é que é possível se ele ainda não encadeou o teu bloco?
DG:O puto tá maluco, eu vi o filme e não me pareceu, aliás ele só encadeou o bloco naquele dia porque passou um camião na estrada e fez corrente de ar.
NH:Só faltava agora acrescentar um começo com cotação abaixo de dois dígitos a um bloco de V14 e dizer que era V15..
DG: Era o FIM!!! segundo a minha fórmula de escalada quântica desenvolvida no MIT (Massachusetts Instituto de Tonizice) isso iria criar um buraco negro na escala de dificuldade de bloco. Toda a gente poderia fazer V15!! seria um caos!os patrocinadores iriam desaparecer! quem pagava as nossas viagens???
NH:Eu conheço um site da Suécia o “Almost anu” em que o pessoal coloca blocos que quase encadeou, pontuados de acordo com o grau , imagina que até existe um ranking e tudo!!! deve ser esse “nartun”(não conseguimos traduzir mas deve ser do tipo da “meia-de-leite” nas escutas do Pinto da Costa) Sueco que esta a provocar este caos..
O povo tá a trabalhar um bloco cai na saída, pensa que é muito duro e inflaciona o grau..
DG:Ou isso ou querem ter mais pontos e inflacionam o grau!!!
…
O resto da conversa resume-se a uma história ordinária do Husqvarna com duas gémeas Suecas
O episódio que fez transbordar o copo é o recente encadeamento, de um bloco por parte do Madeiras, que vários escaladores de “pol-position” tinham tentado mas nenhum conseguira encadear até ao momento, afinal era só juntar um V7 a um V14, mas o impensável aconteceu!!!Daniel Madeiras cota esse bloco de V15!!.
As reacções aparecem de todas as facções, David Grama, do outro lado do mundo decota imediatamente o bloco sem ter encadeado e pela internet e afirma que não poderá cometer tal blasfémia sem um dia repetir o seu bloco, afirmando ainda:”e o fim da escalada, vamo-nos é dedicar a pesca em que a albrabice faz parte da farra!!!, Nando Husqvarna por sua vez, ataca indiscriminadamente o “Almost anu” e reafirma que o “História de dois mundos” é o bloco de referencia para o grau de V15, a troco de um “flash” por parte de David “in local”.
Daniel Madeiras responde tambem num suberbo Inglês para miudos de 10 anos, mostrando-se desagradado com toda esta situação, e pelo que o meu filho conseguiu perceber Madeiras cotou pelo que sentiu, e não pela matemática.
Por fim remata com a frase:”Só me fazes isso uma vez!Ou deixo de cotar!””
Excerto da nova revista “BABUGEM MAGAZINE- O melhor entulho digital”.
Poderia ser mas não é, uma contra-noticia, que serve para tanto que a escalada e os seus graus subjacentes:Diversão.
Experimentem da próxima vez que forem a uma falésia ou zona de bloco dêem um volta e escolher as linhas que vos chamam mais a atenção, ou se preferirem mais “fast-food” perguntem a um local as melhores vias, e confiram só depois o grau, para ver se esta de acordo com o que vocês pretendem, acreditem que tem bastante mais piada escalar pelas “linhas”.
Tirando essa função principalmente nas vias de “evitar sarilhos” a conversa do grau tem tanto sentido como falar de futebol a segunda-feira, um “desbloqueador de conversa”.
Acredito que para os intervenientes nesta série de textos dignos de uma “Desnível Cor-de-Rosa”, as coisas se ponham noutros modos, mais um número, sao mais notícias, mais notícias é mais dinheiro dos patrocinadores.E quando o metálico pesa, acredito que o dedo possa fugir para um tecla com um numero mais alto.
“Os Cães ladram e a caravana passa”, enquanto os “senhores” vão discutindo matemática, neste cantinho à beira mar plantado vão-se abrindo linhas fantásticas, e rindo um pouco destas historias…
Parabéns ao Autor pelo artigo, e que a Babugem esteja contigo
José Abreu
Sim senhor, isto é o que se chama sair da casca ou… da babugem…..lollllllll, muito bom
Em tempos e chuva…só dá tempestade. Uma espécie de Big Brother, no olho do Furacão Desperanza, de intensidade V15.
Os parabéns ao Editor da Babugem. Estive a lê-la, e a sua linha de edição é das melhores que já li. É um registo em escrita de uma espécie de Big Brother.
Li com especial atenção o artigo sobre o debate do Orçamento dos Blocos deste ano. Em tempos de crise, pelo que percebi, algumas das bancadas do Parlamuito, querem propor em determinados Problemas o congelamento e a progressão do Grau. Querem também propor um aumento da idade da reforma, dificultando a entrada de jovens para o mercado de trabalho.
É claro que isto cria agitações nos mercados e nos diversos partidos. O Bloca de Esquerda, já disse: “Tranqui, bloca de direita”. No entanto, outros partidos mais conservadores lançaram uma Moção de Censura à proposta de subida de Grau.
Várias medidas estão já a serem tomadas. Uma delas é o já referenciado, almostA.nu (site da Pequena Suécia e não da Suécia), uma linha de crédito para quem está quase a fazer qualquer coisa, quer seja o bloco na sua globalidade, o crux, o arranque com 5 crash’s ou nem que seja só a tirar o pé ou o rabo do chão. Assim, podes sempre registar as tuas quase ascensões, como efectivas ascensões. Contudo, convém avisar que em letras muito pequenas se encontra a dizer no site, que os juros são cobrados ao dia, e a cada dia de pegues os juros vão ficando mais elevados, por vezes podem se tornar insuportáveis.
O resinaA.nu é também uma alternativa. É uma espécie de bolsa, onde investes todo o teu corpinho para depois ires buscar bons rendimentos. Mas como acontece na bolsa, também podes perder todo o teu investimento, e até mesmo andares durante meses a pagar dívidas.
Como refere a Babugem, a crise não afectará todos os escaladores. Os mais prejudicados serão claro os escaladores por conta de outrem. Os escaladores por conta própria, estarão fora desta crise uma vez que não têm que prestar contas a ninguém, a não ser a eles mesmo.
A Babugem refere que estas crises são como as tempestades: passageiras, têm um nome e um grau. O tempo ultimamente tem-nos dado as voltas, e os ditados já não são o que eram. Neste é caso para dizer que: “depois da Desperanza vem a tempestade”.
Em jeito de conclusão, a Babugem faz uma visão optimista da crise, deixando contudo alguns dos seus leitores ainda mais apreensivos. “As crises só fazem estragos para aqueles que têm os seus bens hipotecados ou para aqueles que têm dificuldades em obter crédito”.
Em tempos de crise o escalador mais inocente vira-se para a Fátima do bloco…Imprudente aquele que acredita que ali esta a salvação…
De babar a rir…
podes crer! Isto está delirante…
Eu voto na teoria do Cantinho da Farrapa… Aquele pão da avó tem de ser valorizado dê por onde der, não há melhor!
…o mal (ou o bem) que faz a chuva a esta malta… muito bom, muito bom mesmo!